22 agosto 2011

Fair Trade

Hello! :)
Você com certeza deve ter visto os rumores sobre a loja Zara e algumas outras (pernambucanas, C&A, Marisa... etc) a respeito do trabalho escravo. Certo? Certo, ok!
Mas sabemos muito bem que não são apenas essas lojas de roupas que exploram as pessoas e nem preciso citar exemplos. Quem não gosta de entrar no e-bay, ficar doido com tanta coisa bonita e barata? *-*


Na faculdade, uma vez tive que fazer um trabalho sobre o Fair Trade (Comércio Justo), lá estava eu em uma espécie de mesa redonda com meus coleguinhas e mais dois professores para discutir sobre o assunto. A professora até me perguntou alguma coisa (não lembro o quê) e eu lá bonitinha, respondendo e falando lindamente sobre o comércio justo. Foi até que reparei que estava usando meu belíssimo relógio da Hello Kitty, que comprei no e-bay por menos de R$ 8,00 com frente! Pense! (revirando os olhos)

Do que adianta falarmos, aí que coisinha mais feia o que a Zara (e demais) fez, ó ó... E continua comprando na loja, ou usa/ compra outros produtos que estão na mesma situação irregular. 
Agora o que é o certo? Ter a consciência que é errado, feio e não comprar?
Verificar toda a procedência da peça? Ou será que o nosso comodismo não deixa, então é mais fácil (e claro que é) deixar pra lá e go ahead ? 

Vamos nos unir? Não!
Saiu em jornais, demos RT, curtimos no facebook... Mas vai resolver algo? Não! (Não a longo prazo pelo menos).
E não é só da Zara e demais marcas que isso acontece, o Fair Trade justamente é para tentar proteger os artesãos, por exemplo, para valorizar a mão de obra, o produto e completar o ciclo comercial dignamente. Você vai na feirinha, acha lindinho um pano de louça, mas não quer pagar R$15,00 porque acha caro né? (estou generalizando). 

Abra os olhos!
Postado por Duda - @cha_para_dois às 19:06

4 comentários:

Carol disse...

Duda sabe..eu gostei de ver esse outro lado do tema. Quando vi as noticias sobre a Zara pensei logo no trabalho escravo do ponto de vista jurídico (que muito me revolta) mas não tinha pensado realmente na questão da remuneração da mão-de-obra dos artesãos, por exemplo, não tinha me passado pela cabeça ainda como não valorizamos o trabalho do outro.
Quando comecei a estudar a condição do trabalhador no mundo eu tentei deixar de consumir todos os produtos que fossem produzidos em desrespeito à legislação trabalhista, às convenções da OIT...mas a tentativa foi em vão..é praticamente impossivel deixar de consumir. O desrespeito é tamanho que praticamente todas as empresas estão, de uma forma ou de outra, envolvidas em fraude à legislação trabalhista.
Me dói muito ver empresas consagradas mundialmente como a Nike, se utilizando de mão de obra de um país que não tutela seus trabalhadores e estes se veem sujeitos a todo tipo de exploração, despidos da mais primária das garantias: a dignidade.
Mas, agora isso se tornou para mim mais significativo pois passo a pensar sob o ponto de vista do comercio justo e penso que estamos anos luz de valorizar o trabalho do proximo.
É incrivel como pagamos caro por um jeans produzido por imigrantes ilegais remunerados com centavos a hora (e nos revoltamos quando sabemos dessa exploração), mas nós mesmos queremos pagar pouco pelo trabalho artistico de uma pessoa que leva horas para fazer um produto.
Adorei o post, foi um alerta e certamente embasará melhor minha analise critica!
Ai, to adorando os chás por aqui :)
Beijos Dudinha

Dry Santos disse...

Duda, como é difícil deixar de comprar! Porque tem coisas que são fáceis de distinguir, mas outras não. Por exemplo, minha mãe tem loja de artigos de presente e percebo o quanto é difícil de se saber se não foi produzido com mão de obra escrava, pois passa por muita gente antes de chegar na mão do consumidor. O que se pode fazer é analisar, superficialmente, se o preço de comercialização é justo ou não.
Ótimo post, querida!
beijinhos :*

Lucinha disse...

Concordo com o que vc escreveu...
Logo que vim para a Serra fiz vários cachecóis no primeiro inverno. Usei fios bons, fiz pontos diferenciados, todos diferentes entre si...E tentei vender. Preço médio de R$30/R$40. Não consegui vender nenhum...Era caro...Uma colega do meu marido disse que elas preferiam comprar os cachecóis "made in China" que toda lojinha do centro estava vendendo por 10 "pila"...Como competir com isso? A grande maioria quer preço...só isso...
Excelente post!
bjs

Juliana disse...

Duda, melhor post sobre o assunto que eu li!

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